Diário Ao-Vivo

DateRCasa vs Visitante-
04/17 00:30 2 Bahia vs Fluminense View
04/17 22:00 2 Grêmio vs Athletico Paranaense View
04/17 22:00 2 Bragantino vs Vasco da Gama View
04/17 23:00 2 Fortaleza vs Cruzeiro View
04/17 23:00 2 Atlético Mineiro vs Criciúma View
04/17 23:00 2 Juventude vs Corinthians View
04/17 23:00 2 Palmeiras vs Internacional View
04/18 00:30 2 Flamengo vs São Paulo View
04/19 00:30 2 Botafogo vs Atlético GO View
04/20 19:00 3 Criciúma vs Fortaleza EC View
04/20 19:00 3 Fluminense vs Vasco da Gama View
04/20 21:30 3 Grêmio vs Cuiabá EC View

Resultados

Date R Casa vs Visitante -
04/14 21:30 1 [18] Vitória vs Palmeiras [16] 0-1
04/14 20:00 1 [12] Cruzeiro vs Botafogo [10] 3-2
04/14 19:00 1 [11] Corinthians vs Atlético Mineiro [9] 0-0
04/14 19:00 1 [17] Vasco da Gama vs Grêmio [15] 2-1
04/14 19:00 1 [8] Atlético GO vs Flamengo [14] 1-2
04/14 19:00 1 [7] Athletico Paranaense vs Cuiabá EC [13] 4-0
04/14 00:00 1 [11] Fluminense vs Bragantino [17] 2-2
04/14 00:00 1 [18] São Paulo vs Fortaleza [12] 1-2
04/13 21:30 1 [7] Criciúma vs Juventude [15] 1-1
04/13 21:30 1 [14] Internacional vs Bahia [4] 2-1
12/07 00:30 38 [11] São Paulo vs Flamengo [3] 1-0
12/07 00:30 38 [9] Internacional vs Botafogo [5] 3-1

O Campeonato Brasileiro de Futebol, também conhecido como Campeonato Brasileiro, Brasileirão e Série A, é a liga brasileira de futebol profissional entre clubes do Brasil, sendo a principal competição futebolística no país. É por meio dela que são indicados os representantes brasileiros para a Copa Libertadores da América (juntamente com o campeão da Copa do Brasil). O campeão do torneio também conquista uma vaga na Supercopa do Brasil no ano seguinte.

Ao contrário do que ocorrera em outros países da América do Sul, houve muitos desafios para que o futebol no Brasil tivesse um sistema de disputa em nível federal. Além da grande dimensão geográfica do país, contribuíram para essa situação a origem e a consolidação do futebol no país a partir dos grandes centros urbanos, algo que fortaleceu uma organização por federações estaduais; as intensas rivalidades pelo poder entre dirigentes paulistas e cariocas, os maiores centros futebolísticos do Brasil; e a própria postura da Confederação Brasileira de Desportos (CBD, precursora da atual Confederação Brasileira de Futebol), a então entidade responsável pelo futebol nacional e que tinha mais interesse em arrecadar com o modelo de um Campeonato Brasileiro entre Seleções Estaduais, originalmente a nomenclatura "Campeonato Brasileiro de Futebol" pertencia a essa disputa, jogada de forma descontínua entre 1922 e 1962, além de uma edição em 1987. Em 1937, surge a primeira disputa nacional de clubes profissionais, o Torneio dos Campeões da FBF (liga de dissidentes e defensora da profissionalização), reconhecido pela CBF, em 2023, como Campeonato Brasileiro. Antes, houve o Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, triangular da CBD jogado em 1920, em pleno amadorismo. Apenas em 1959, como estabelecido em 1955, a CBD cria um torneio nacional regular de clubes profissionais, a Taça Brasil. Em 1967, o Torneio Rio-São Paulo foi expandido para incluir equipes de outros estados, ficando conhecido como Torneio Roberto Gomes Pedrosa, e passando a ser considerado uma competição nacional. Em 1971, a CBD iniciou um novo torneio nacional, o Campeonato Nacional de Clubes, torneio este, que foi considerado, entre 1976 e 2010, pela entidade máxima do futebol brasileiro como sendo a primeira edição do Campeonato Brasileiro. Em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata em igualdade de condições com as edições posteriores do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976. O primeiro Campeonato Brasileiro oficialmente com esse nome foi realizado em 1989. Em dezembro de 2010, a CBF unificou a Taça Brasil (1959 a 1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata (1967 a 1970) aos títulos a partir de 1971.

Uma das características históricas do Campeonato Brasileiro foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Por conta disso, em diversas temporadas não havia sistema de acesso e descenso para a Segunda Divisão, ao mesmo tempo em que houve edições as quais o regulamento previa, no mesmo ano, o acesso das equipes com melhor campanha para a Primeira Divisão. Somente na década de 1990, a CBF instituiu um sistema mais regular entre diferentes divisões. Dentre os vários formatos já adotados incluem-se sistema eliminatório (1959–1968) e sistemas mistos de grupos (1967–2002). A fórmula de disputa do campeonato foi padronizada somente em 2003, quando foi adotado o sistema de pontos corridos com todas as equipes se enfrentando em turno e returno. O primeiro campeão brasileiro foi o Atlético Mineiro em 1937, enquanto o Palmeiras é o clube que detém o maior número de títulos brasileiros, com doze conquistas; Desde sua edição pioneira em 1937, dezessete clubes já foram campeões brasileiros, treze por mais de uma vez, de sete estados e nove cidades diferentes, sendo que apenas o estado de São Paulo teve campeão por mais de uma cidade, três no total (Campinas, Santos e São Paulo), e apenas a cidade do Rio de Janeiro teve mais de três clubes campeões, quatro deles (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama), características estas que demonstram o nível de competitividade do campeonato.

O Campeonato Brasileiro é uma das ligas mais fortes do mundo, sendo a liga mais valiosa do continente americano e a sétima do mundo, contando entre seus integrantes habituais com a participação do maior número de clubes detentores de títulos de "campeões mundiais", com onze campeonatos ganhos por sete clubes, o segundo em termos de quantidade de títulos da Copa Libertadores da América, com vinte e três títulos conquistados por onze clubes e ainda outros três finalistas, atrás em títulos apenas da Primera División Argentina, com 25 títulos conquistados por oito clubes e mais dois clubes finalistas. Nos últimos anos, o Brasileirão vem sendo também classificado como um dos campeonatos nacionais mais valiosos do mundo. Por conta disso, a Série A do Campeonato Brasileiro é reconhecida como uma das ligas nacionais mais equilibradas do mundo. De acordo com o ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS, na sua sigla em inglês), é um dos cinco campeonatos mais fortes do mundo — no relatório de 2020, esteve somente atrás da Premier League inglesa. É ainda o torneio de futebol mais visto no continente americano e um dos mais expostos internacionalmente, transmitido para mais de 150 países.

History

Ver artigo principal: História do Campeonato Brasileiro de Futebol

Antecedentes e primeira edição: o Torneio dos Campeões da FBF (1937)

Elenco do Palestra Italia, primeiro campeão do Torneio Rio–São Paulo em 1933. Uma edição isolada e organizada pela Federação Brasileira de Futebol, que pretendia organizar um Campeonato Brasileiro de Clubes, um contraponto ao de seleções da CBD, formando uma federação nacional vinculada somente ao futebol de 1933 até 1941.

A maneira como o futebol consolidou-se no Brasil criou várias dificuldades para se estabelecer um sistema de disputa que ultrapassasse as fronteiras estaduais. Ainda que já se praticasse o esporte em território brasileiro desde o final do século XIX, bem como houvesse clubes disputando campeonatos locais organizados por ligas e associações (ambas embriões das atuais federações), não havia nacionalmente uma instituição responsável pela centralização e regulamentação do futebol no país até meados da década de 1910. Nesse sentido, as primeiras entidades surgidas para tentar organizar o futebol nacional foram a Federação Brasileira de Sports (FBS) e a Federação Brasileira de Football (FBF). Embora ambas rivalizassem e tivessem buscado o reconhecimento da Federação Internacional de Futebol (FIFA), ambas acabaram dissolvidas em prol da criação da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), cujo corpo funcional seria posteriormente composto por assembleia geral das federações associadas.

A criação da CBD ajudaria a organizar de maneira oficial o selecionado do Brasil que representaria o país em competições, como foi o caso da primeira edição do Campeonato Sul-Americano de Futebol (atual Copa América) em 1916. Outra missão institucional da nova confederação seria a promoção de torneios nacionais em território brasileiro, algo que, no entanto, ficou impossibilitado pela falta de recursos dessa entidade e dos constantes atritos entre as poderosas ligas cariocas e paulistas, os dois grandes centros futebolísticos no país. O jornal O Estado de S. Paulo de 29 de março de 1920, divulgou que o triangular daquele ano era um campeonato nacional, representado pelas forças máximas da associação, e que, após a vitória sobre o Fluminense, o Paulistano confirmou o seu título de "campeão brasileiro de futebol". Em plena época do amadorismo, depois de vencer os gaúchos e cariocas no Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões, a diretoria do clube paulista voltou para casa festejando os "campeões brasileiros".

Em 1922, a CBD organiza o primeiro Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (na época referido como Campeonato Brasileiro de Futebol), um torneio que reunia os selecionados das entidades federativas filiadas à confederação. Bem sucedido, esse campeonato tornou-se o principal projeto da confederação em nível federal para o futebol no país. A CBD organizou vinte e seis edições da disputa (entre 1922 e 1962), a FBF, três (1933 a 1935), e a CBF (sucessora da CBD), a última (1987).

Novas tensões surgiram no futebol brasileiro durante a década de 1930, desta vez motivadas pelas disputas em torno do amadorismo e do profissionalismo na modalidade. Frente à postura da CBD, favorável a manutenção da veia amadora, um grupo de clubes paulistas (vinculados à Associação Paulista de Esportes Atléticos) e cariocas (ligados à Liga Carioca de Futebol) rompeu com a confederação para criar a Federação Brasileira de Football (FBF, sem relação com a primeira criada em 1915). Para se afirmar nacionalmente ante à CBD, uma das primeiras iniciativas da FBF foi a organização de um campeonato brasileiro de clubes de futebol profissional. Embora tenha sido realizado um campeonato em 1933 contando apenas com equipes das associações do Distrito Federal (atual município do Rio de Janeiro) e de São Paulo, as duas únicas formalmente filiadas à FBF, portanto esse torneio foi a origem do Rio–São Paulo que seria, ao longo da década de 1950 e início de 1960, uma dos mais tradicionais do futebol brasileiro, o Torneio Rio-São Paulo de 1933 também ficou marcado por ser a primeira competição da era do profissionalismo do futebol brasileiro. No entanto, a edição seguinte foi interrompida ainda na fase classificatória devido a disputas políticas, com clubes trocando de federações, em meio ao processo de profissionalização do futebol no Brasil, com o Torneio Rio-São Paulo voltando a ser realizado somente em 1940, porém a competição novamente não chegou ao fim, foi interrompida com apenas um turno disputado, enquanto seu regulamento previa a realização de dois turnos, com isso a CBD deu o torneio como inacabado, sem nenhum clube ter se sagrado campeão. Apenas a partir de 1950 que o Torneio Rio-São Paulo passou a ser disputado anualmente.

Elenco do Atlético, primeiro campeão brasileiro. Em pé, da esquerda para a direita: Floriano Peixoto (técnico), Kafunga, Florindo, Zezé Procópio, Lola, Bala, Alcindo, Quim, Clóvis; agachados: Paulista, Alfredo, Guará, Nicola, Rezende e Elair.

Finalmente, em 1937, em vez de organizar o que seria seu quarto Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, a FBF, pressionada financeiramente, preferiu reunir os clubes campeões estaduais de 1936 em suas ligas filiadas. Assim, disputou-se o Torneio dos Campeões de 1937, primeiro certame nacional entre clubes profissionais do Brasil. Em 2023, a disputa foi homologada pela CBF como primeira edição do Campeonato Brasileiro, tendo o Atlético-MG o posto de "primeiro campeão brasileiro".

Antes do final da década de 1930, FBF e CBD entraram em um acordo, tendo a primeira participação na gestão especializada do futebol dentro do país e a segunda organizando a representação internacional do desporto brasileiro (e, por conseguinte, da Seleção Brasileira). Na prática, com a instituição do Decreto-Lei 3 199 de 1941, a federação foi dissolvida e seus quadros foram assimilados ao corpo da confederação.

Desse modo, o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais permaneceu como a principal competição organizada no país. Contudo, seu modelo de disputa incomodava aos principais clubes nacionais, que disputavam os campeonatos organizados por suas federações estaduais e também realizavam muitos amistosos para arrecadar recursos. Com isso, os clubes resistiam a ceder seus atletas para a montagem dos selecionados estaduais que atuavam no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

O início da regularidade: a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata (1959–1970)

Ver artigo principal: Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa
Time do Bahia com a taça e as faixas de campeão brasileiro de 1959.
Time do Palmeiras campeão brasileiro de 1969.

Ciente do problema da falta de uma competição de caráter nacional, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estudou maneiras de contentar financeiramente tanto os clubes quanto as federações estaduais como ainda a própria CBD. Em setembro de 1955, durante o primeiro Congresso Brasileiro de Futebol — que tinha como um dos principais objetivos, a realização de um torneio nacional de clubes campeões com a finalidade de se conhecer o time campeão brasileiro — foi aprovada a proposta de criação da Taça Brasil pela CBD e, ficando firmado que, o campeonato seria disputado anualmente e que a sua primeira edição aconteceria somente em 1959. Em razão do calendário do futebol brasileiro já estar aprovado no período de 1955 a 1958, não podendo sofrer alterações em decorrência da Copa do Mundo de 1958. Sendo assim, ficou definido naquela época para a Taça Brasil começar somente em 1959. A criação do torneio era necessária como forma de conciliar e integrar os clubes de outros estados, pois questionava-se o fato de apenas clubes cariocas e paulistas terem a chance de participar do Torneio Rio–São Paulo e da Copa Rio Internacional. A partir da segunda metade da década de 1950, a entidade brasileira também esteve diretamente envolvida na proposta enviada à Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) de criação da Copa dos Campeões da América (atual Copa Libertadores da América), uma competição anual que reuniria times campeões nacionais disputando o título continental, e cujo campeão pudesse enfrentar o vencedor da Taça dos Campeões Europeus, criada em 1955 pela União das Associações Europeias de Futebol (UEFA, na sua sigla em inglês). Jus a isso, a CBD encontrou mais uma necessidade para a realização de uma competição para definir o campeão brasileiro a ser indicado como o representante do Brasil na competição sul-americana. Desta maneira, em 1959, a CBD deu início à Taça Brasil, uma competição entre os clubes campeões estaduais muito mais abrangente que os torneios Rio-São Paulo e que incorporava times de todas as partes do país em um formato de disputa eliminatória, com partidas de ida e volta em cada fase. Esse modelo permitia que clubes e federações obtivessem bons resultados financeiros organizando partidas em seus estádios/estados e, ainda, que destinassem um percentual das rendas para a CBD. A segunda competição nacional de clubes profissionais do país (sucedendo o Torneio dos Campeões de 1937), sendo a primeira da CBD na era profissional, em 1959, contou com dezesseis participantes. O regulamento previa que os campeões paulista e carioca entrassem na competição apenas na fase semifinal; os demais seriam agrupados geograficamente. Os vencedores das zonas Norte e Sul também se classificavam para as semifinais. O Bahia se tornou o segundo campeão brasileiro ao vencer o Santos na final. Apesar do caráter experimental da primeira edição do torneio, devido, em grande medida, à dificuldade de programar as datas das partidas, a Taça Brasil foi um sucesso de público e se estabeleceu no calendário do futebol brasileiro.

Garrincha em jogo pelo Botafogo.
Taça de Prata de 1970.
Time do Atlético Mineiro em 1970.

Na edição seguinte, o Palmeiras, conhecido na época como Academia de Futebol, venceu o Fortaleza na final, mantendo a hegemonia paulista. A partir daí o Santos começou a despontar, sendo campeão brasileiro por cinco vezes consecutivas, vencendo a edição de 1961 (reeditando a final de 1959, contra o Bahia), tornando-se bicampeão no ano seguinte ao derrotar o Botafogo por 5 a 0 em pleno Maracanã, conquistando o terceiro título novamente diante do Bahia na edição de 1963, o quarto diante do Flamengo em 1964, por fim, chegando ao marco do pentacampeonato em 1965, batendo o Vasco da Gama na final. O Santos chegou a sua sexta final consecutiva em 1966, porém, desta vez, perdeu para o Cruzeiro.

Em 1967, o Torneio Rio-São Paulo, ainda sob organização das federações carioca e paulista, foi ampliado com a inclusão de clubes do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná, passando a ser denominado oficialmente como Torneio Roberto Gomes Pedrosa (conhecido popularmente como "Robertão", devido a sua ampliação e caráter nacional). A partir de 1968, o certame passou a ser organizado pela CBD, e também recebeu da entidade a denominação oficial de Taça de Prata em função do troféu dado ao vencedor. A partir daí, os clubes que conquistavam o Torneio Rio-São Paulo eram listados como campeões interestaduais e os do Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata eram apontados como campeões nacionais. No entanto, a Taça Brasil e o Robertão estavam sendo disputadas simultaneamente, algo que tornou comum mais de um clube ser denominado como "campeão brasileiro" por alguns órgãos da imprensa neste período, embora apenas o Torneio Roberto Gomes Pedrosa/Taça de Prata tivesse sido relacionado pela CBD em seus boletins oficiais como Campeonato Brasileiro, até a entidade que dirigia o futebol brasileiro mudar a redação, em 1976.

No mesmo ano de 1967, o Palmeiras conquistou dois títulos nacionais, ao vencer as duas competições, sendo a única equipe que conseguiu este feito. Com o reconhecimento posterior, em 1968, Botafogo e Santos acabaram denominados campeão brasileiros por vencerem a Taça Brasil e a Taça de Prata, respectivamente. A partir daí, apenas o Robertão esteve em disputa, consagrando como campeões o Palmeiras em 1969 e o Fluminense em 1970. Internacional, Grêmio Atlético Mineiro e Cruzeiro foram os clubes de fora do Eixo Rio-São Paulo que se posicionaram entre os quatro primeiros colocados neste período.

Reformulações: o Campeonato Nacional de Clubes e a Copa Brasil (1971–1979)

Ver artigo principal: Campeonato Nacional de Clubes e Copa Brasil
O time base do Guarani campeão brasileiro de 1978.

Devido à experiência bem-sucedida com as quatro edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 1971 a CBD anunciou a transformação do Robertão em Campeonato Nacional de Clubes, com grande influência política. Esse torneio ficaria conhecido, a partir de 1976, como a primeira edição do Campeonato Brasileiro, excluindo a versão anterior, apesar de disputado sob formato similar ao Robertão — em seus boletins oficiais entre 1971 e 1975, a CBD colocava as edições do Torneio Roberto Gomes Pedrosa em igualdade de condições com as edições do Campeonato Brasileiro, apenas mantendo os nomes próprios, excluindo esta informação a partir do boletim de 1976. Alguns autores consideram que "a história do futebol brasileiro, a partir desse momento, foi deixada para trás".

O primeiro campeão da nova competição foi o Atlético Mineiro. A Taça Brasil tinha acabado em 1968, o Robertão que desde sua segunda edição adotava o nome oficial de Taça de Prata, englobava apenas times dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Paraná e Pernambuco. O campeonato tinha, a partir desse ano, primeira e segunda divisões que contava com participantes de vários estados brasileiros,[?] sem promoção e rebaixamento por critérios técnicos — no entanto, acabou havendo promoção: foi o vice-campeão da segunda divisão, o Remo, e não o campeão Villa Nova, que ficou com a vaga para disputar o Campeonato Nacional de Clubes de 1972 —, o que só aconteceria a partir de 1988. Na primeira divisão, a única inclusão de outro estado na disputa foi a do Ceará Sporting Club (Ceará), por ter a maior torcida do Ceará. Nesse primeiro ano não houve grandes mudanças em relação ao Robertão do ano anterior, apenas se deu mais uma vaga para Pernambuco, o vice-campeão, mais uma vaga para Minas Gerais, o terceiro colocado. Nesse primeiro ano, 20 clubes disputaram o Brasileiro, contra 17 do Robertão de 1970, não sofrendo nenhuma mudança drástica em relação à edição anterior. Durante vários anos, os interesses da ARENA, braço político da ditadura militar, nortearam o aumento do número de clubes que participariam da competição.

Em 1975, chegou ao fim a era João Havelange na Confederação Brasileira de Desportos. Ele deixou a entidade brasileira para assumir o comando da FIFA. Em um período em que a ditadura intervinha frequentemente no futebol brasileiro e forçava o inchaço do principal campeonato do país, não apenas para tornar o esporte realmente nacional, mas também para agradar os coronéis da política brasileira em regiões onde o futebol não era exatamente uma potência, a CBD teve um novo presidente: o almirante Heleno Nunes, de forte atuação na política do governo militar. Neste ano, a CBD instituiu um novo troféu mais elaborado, o Troféu Copa Brasil, produzido pelo designer Maurício Salgueiro e o certame que desde a edição de 1971 era denominado de Campeonato Nacional de Clubes, sofre uma nova reformulação e passa a ser chamado oficialmente de Copa Brasil.

De 1972 a 1987 os campeonatos estaduais deveriam ser classificatórios para o Campeonato Brasileiro, embora houvesse vários clubes que foram convidados quando não iam bem no estadual, ou se criava um acesso da segunda divisão para a primeira no mesmo ano, como aconteceu com o Corinthians em 1982. Isto fez com que, em 1979, todos os grandes clubes de São Paulo (com exceção ao Palmeiras) retiraram-se da competição. Eles protestaram contra este confuso sistema de classificação, o que fez com seus rivais, Palmeiras e Guarani, disputassem apenas a fase final (devido a condição de serem finalistas no ano anterior). O Guarani terminou entre os 12 primeiros, mesmo jogando apenas três partidas, e o Palmeiras em quarto, apesar de ter jogado apenas cinco, em um torneio com 94 participantes.

Nesse período, Palmeiras, Vasco da Gama, Internacional, São Paulo e Guarani foram os campeões, sendo este último o primeiro vencedor de um campeonato nacional representante de uma cidade do interior.

Criação da CBF, novas reformulações e crises (1980–1988)

Ver artigos principais: Confederação Brasileira de Futebol, Taça de Ouro e Copa União
Zico, maior estrela do Flamengo nas conquistas dos Campeonatos Brasileiro de 1980, 1982 e 1983.

Em 1980, devido ao desmembramento da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) ocorrido no ano anterior, o futebol brasileiro passou a contar com sua própria entidade, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com a nova entidade, o futebol nacional também ganhou um novo campeonato nacional totalmente reformulado, que foi nomeado de "Taça de Ouro" e contou com um formato com duas divisões — três em sua segunda edição —, além de criar um novo troféu que era oferecido pela CBF ao seu campeão. Entretanto, a Caixa Econômica Federal continuou a enviar uma réplica do troféu da antiga competição realizada pela CBD entre 1975 e 1979, a Copa Brasil. A reformulação do campeonato nacional, além da criação da própria CBF, foi principalmente devido a derrocada das bases financeiras que mantinha o futebol nacional e consequentemente a queda da influência do governo militar que intervinha regularmente no campeonato e a cada ano aumentava o número de clubes participantes. Na virada da década de 1970, chegou ao Brasil os efeitos da crise do petróleo, que abalou a economia mundial a partir de 1973 e, que teve efeito retardado no país. O regime militar bancou o congelamento do preço da gasolina, mas foi afetado pelos efeitos colaterais com o estouro da crise econômica nos anos 1980. Os clubes e as federações, presos a esse sistema, foram atingidos pelo agravamento da situação.

Em 1987, a CBF anunciou que era financeiramente incapaz de organizar o campeonato nos mesmos moldes, apenas algumas semanas antes de ter sido programado para começar. A Confederação prometeu encontrar um patrocinador para bancar as finanças, sem sucesso, tentaria um acordo com os clubes para que bancassem as suas próprias despesas com as viagens ou realizaria um certame regionalizado (como era na época da Taça Brasil). Como resultado, os treze clubes de futebol mais populares do Brasil criaram uma nova entidade, apelidada de Clube dos 13, para organizar um campeonato próprio. Este torneio recebeu o nome de Copa União. Para conciliar os interesses da CBF com o Clube dos 13, a competição recebeu o nome de Módulo Verde da Copa Brasil pela CBF, que formulou o Módulo Amarelo e um quadrangular. No final, ficou determinado um cruzamento entre os campeões e vice-campeões de ambos os módulos (grupos), donde sairia os dois representantes do Brasil para a Copa Libertadores de 1988. Flamengo e Internacional se recusaram a participar desse cruzamento sendo eliminados por W.O.; consequentemente, Sport e Guarani fizeram o quadrangular com apenas dois jogos finais, que consagraram o Sport como campeão brasileiro de 1987.[?] Oficialmente pela CBF, o Módulo Amarelo e Módulo Verde, ambos com dezesseis clubes, formaram o Campeonato Brasileiro de 1987 com 32 clubes no total. Assim como o ocorrido com a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, em 2010, que foram reconhecidos pela CBF como edições do Campeonato Brasileiro, a Copa União (Módulo Verde), também passou a ser reconhecida em 2011, porém teve decisão revogada pelo STJ. Em nota a CBF informou que reconhecer o Flamengo como campeão ao lado do Sport não iria contrariar os limites da coisa julgada e que reconhecia somente o Sport como campeão, por se tratar de uma decisão judicial, demonstrando assim que para a entidade os dois poderiam ser considerados campeões.

Em 1988, depois da confusão na edição anterior do campeonato nacional, a CBF decidiu fazer um enxugamento na quantidade de participantes na segunda Copa União, para realizar um campeonato mais competitivo com apenas 24 equipes. Além disso, pela primeira vez, a competição contou com um verdadeiro sistema de acesso e descenso, conforme exigido pela FIFA. Finalmente, desta vez, o regulamento foi cumprido, pois os quatro últimos colocados da primeira divisão (Bangu, Santa Cruz, Criciúma e America) caíram para a segunda divisão em 1989, sendo substituídos por Inter de Limeira e Náutico, respectivamente campeão e vice-campeão da Divisão Especial de 1988.

Nesta fase foram campeões, Flamengo, Grêmio, Fluminense, Coritiba, São Paulo, Sport e Bahia.

Mudanças na CBF e no campeonato (1989–2002)

Telê Santana, que venceu títulos do Campeonato Brasileiro treinando o Atlético Mineiro, em 1971, e o São Paulo, em 1991.

Em 16 de janeiro de 1989, Ricardo Teixeira assume a presidência da CBF. Ele passou a comandar a entidade em uma época em que a mesma enfrentava graves problemas financeiros. Teixeira conseguiu transformá-la em superavitária através de contratos milionários envolvendo a Seleção Brasileira. Durante sua gestão, o Campeonato Brasileiro tornou-se mais reorganizado e as receitas geradas pelos clubes foram ampliadas, tanto nas cotas de televisão quanto nos patrocínios. Entretanto, desde a primeira década de sua gestão, Ricardo Teixeira foi envolvido em diversas denúncias de corrupção.

O Campeonato Brasileiro já havia sido testado com inúmeras fórmulas e nomes diferentes, sendo bastante inchado e confuso em várias edições. Porém, a partir de 1987, com a criação da Copa União, houve diminuição no número de participantes do campeonato. Com isso, vários clubes de regiões menos populares que entravam na competição nacional por serem campeões estaduais deixaram de enfrentar os clubes considerados "grandes" e tradicionais, e com isso algumas agremiações corriam o risco até mesmo de se extinguirem. Para acalmar o descontentamento destes clubes e das federações de menor expressão, a CBF viu-se obrigada a criar uma "copa" nos moldes das europeias. Em 1989, a entidade cria uma competição nacional secundária, a Copa do Brasil, que permitia a entrada de clubes de todos os estados. Com a criação deste novo certame, a CBF decide, pela primeira vez, nomear oficialmente o principal torneio nacional de futebol do país de Campeonato Brasileiro. A entidade tomou esta iniciativa para deixar claro qual era o torneio de caráter nacional do Brasil que daria ao seu vencedor o título de campeão brasileiro e, também, para evitar confusões entre Copa do Brasil com Copa Brasil, um dos antigos nomes utilizado entre as décadas de 1970 e 1980.

Na edição de 1999, um novo sistema de rebaixamento foi adotado, semelhante ao usado na Campeonato Argentino de Futebol. Os dois clubes com as piores campanhas na primeira fase e na temporada anterior eram rebaixados. No entanto, este sistema só durou uma única temporada. Durante a primeira fase da competição, foi descoberto que o jogador Sandro Hiroshi estava registrado de forma irregular. Devido a este escândalo, a CBF decidiu punir a equipe do jogador, o São Paulo, anulando jogos em que participou, alternando imediatamente os resultados. Internacional e Botafogo ganharam pontos, resultando no rebaixamento do Gama. O clube imediatamente processou CBF, que foi impedida de organizar a edição de 2000, e garantiu vaga nesta competição. Jus a isto, o Clube dos 13 organizou o campeonato daquele ano, sob o nome de Copa João Havelange, um controverso torneio de 116 times divididos em 4 módulos.

Neste período foram campeões: Vasco da Gama, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Botafogo, Atlético Paranaense e Santos.

Adoção do sistema de pontos corridos, estabilização e crescimento (2003–presente)

Ver artigos principais: Campeonato Brasileiro de Futebol de 2003 - Série A e Máfia do Apito
Mosaico 3D da torcida corintiana na Arena Corinthians, comemorando o título do Brasileirão 2015.

Uma das características históricas do Campeonato Brasileiro foi a falta de uma padronização no sistema de disputa, que mudava a cada ano, assim como as regras e o número de participantes. Isto durou até 2003, quando o formato de pontos corridos foi adotado. As partidas são divididas em dois turnos, e a equipe que somar o maior número de pontos é declarada campeã. Os critérios de desempate variam, de sequência de gols a número de vitórias. O Cruzeiro se consagrou campeão desta temporada.

A edição de 2005 ficou marcada por um evento negativo: o escândalo da Máfia do Apito. Durante o campeonato, o árbitro Edílson Pereira de Carvalho foi preso em uma operação da polícia por manipular resultados de jogos em que atuou para que empresários de sites de apostas pudessem lucrar mais. Em uma decisão polêmica e inédita em toda a história do futebol, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a anulação dos 11 jogos apitados pelo árbitro.

Equipe do Palmeiras levanta o troféu do Campeonato Brasileiro de 2022

Na edição de 2006, o número de participantes foi reduzido para 20, o que a própria CBF confirma como "formato definitivo", com as quatro melhores equipes se classificando para a Copa Libertadores, e as quatro piores sendo rebaixadas para a Série B. E, desde 2007, cada temporada decorre entre maio e dezembro, tendo 38 rodadas com dez partidas cada, totalizando 380 partidas. A maior pontuação desde então é do Flamengo, em 2019, com 90 pontos.

Com a adoção do novo sistema de disputa em 2003, até agora Cruzeiro, Santos, Corinthians, São Paulo, Flamengo, Fluminense, Palmeiras e Atlético Mineiro conseguiram sagrar-se campeões.

O ranking da IFFHS de 2012 apontou o Campeonato Brasileiro como o segundo melhor campeonato de futebol do mundo, superado apenas pelo Espanhol.

Em 2013, pelo resultado obtido em campo na Série A, o Fluminense seria rebaixado, o que o faria ser o primeiro time a ser rebaixado um ano depois de se consagrar campeão. Foi salvo, porém, depois que o STJD retirou pontos do Flamengo e da Portuguesa por escalação irregular dos jogadores Andre Santos e Héverton, respectivamente, na última rodada do campeonato. O Fluminense cairia caso a Portuguesa e o Flamengo não perdessem pontos. Algumas semanas depois, uma liminar na Justiça Comum determinou que a CBF devolvesse os pontos da Portuguesa, assim como antes havia sido concedida liminar ao Flamengo, colocando novamente o Fluminense no grupo dos clubes rebaixados, mas com unanimidade dos oito auditores, foi mantido o resultado da primeira instância.


O "Brasil - Série A" é um torneio de futebol de alto nível realizado no Brasil. É a principal competição de clubes do país e reúne os melhores times de futebol do Brasil. O torneio é organizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e conta com a participação de 20 equipes.

A "Série A" é conhecida por sua intensidade e competitividade, proporcionando aos fãs de futebol emocionantes partidas e rivalidades acirradas. Os times participantes representam diferentes regiões do Brasil, o que torna o torneio ainda mais interessante e diversificado.

A competição é disputada em formato de pontos corridos, onde todas as equipes se enfrentam em jogos de ida e volta ao longo de várias rodadas. O time que acumular o maior número de pontos ao final do torneio é consagrado campeão brasileiro.

Além do título de campeão, a "Série A" também oferece vagas para competições internacionais, como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-Americana. Portanto, os times têm um incentivo adicional para alcançar boas colocações na tabela.

O "Brasil - Série A" é acompanhado por milhões de torcedores em todo o país, que se envolvem emocionalmente com seus times e jogadores favoritos. Os estádios costumam estar lotados de torcedores apaixonados, criando uma atmosfera única e vibrante durante as partidas.

Em resumo, o "Brasil - Série A" é um torneio de futebol de alto nível que reúne os melhores times do Brasil em uma competição intensa e emocionante. É uma oportunidade para os fãs de futebol apreciarem o talento dos jogadores brasileiros e torcerem por seus times do coração.