Diário Ao-Vivo

FIVB - Nations League 05/22 20:30 - Alemanha vs Itália - View
FIVB - Nations League 05/24 20:30 - Irão vs Itália - View
FIVB - Nations League 05/25 17:00 - Japão vs Itália - View
FIVB - Nations League 05/26 13:00 - Brasil vs Itália - View
FIVB - Nations League 06/06 00:00 - França vs Itália - View
FIVB - Nations League 06/06 20:30 - EUA vs Itália - View

Resultados

Jogos Olímpicos - Qualificação 10/08 13:00 7 [2] Brasil v Itália [3] L 3-2
Jogos Olímpicos - Qualificação 10/07 16:30 6 [3] Itália v Cuba [4] L 1-3
Jogos Olímpicos - Qualificação 10/06 16:30 5 [3] Itália v Irão [7] W 3-0
Jogos Olímpicos - Qualificação 10/04 16:30 4 [1] Itália v Alemanha [2] L 1-3
Jogos Olímpicos - Qualificação 10/03 20:00 3 [1] Itália v Ucrânia [5] W 3-0
Jogos Olímpicos - Qualificação 10/01 20:00 2 [3] Itália v Catar [7] W 3-0
Jogos Olímpicos - Qualificação 09/30 16:30 1 [3] Itália v República Checa [3] W 3-1
Campeonato Europeu 09/16 19:00 1 Itália v Polónia L 0-3
Campeonato Europeu 09/14 19:15 2 Itália v França W 3-0
Campeonato Europeu 09/12 19:00 3 [1] Itália v Países Baixos [2] W 3-2
Campeonato Europeu 09/09 16:00 4 [1] Itália v Macedónia do Norte [4] W 3-0
Campeonato Europeu 09/06 19:15 1 [3] Alemanha v Itália [1] W 2-3

A Seleção Italiana de Voleibol Masculino é a equipe que representa o país supracitado em competições internacionais de voleibol, normalmente organizadas pela Confederação Europeia ou pela Federação Internacional. Tem seu gerenciamento ligado à Federação Italiana de Voleibol (em italiano: Federazione Italiana Pallavolo, FIPAV), entidade fundada na comuna de Bolonha em 31 de março de 1946 e que regulamenta a prática do esporte no país. Encontra-se na 3ª posição do ranking mundial da FIVB segundo dados de 19 de setembro de 2023.

A equipe conquistou seu primeiro resultado positivo no ano de 1948 ao obter a medalha de bronze na primeira edição do Campeonato Europeu. A partir daquele ano, conseguiu êxito somente em competições de segundo escalão, incluindo os títulos dos Jogos do Mediterrâneo de 1959 e da Universíada 1970. A estreia da seleção nos Jogos Olímpicos aconteceu em 1976. Dois anos depois, alcançou a decisão do Campeonato Mundial sediado no país, porém sofreu uma derrota para a União Soviética. O revés não interferiu no desempenho da equipe que obteve, na ocasião, o melhor resultado de sua história. Por sua vez, a primeira medalha olímpica foi conquistada em 1984, o ano em que os principais adversários do leste europeu protagonizaram um boicote.

No ano de 1989, a Itália venceu o Campeonato Europeu, atribuindo uma vaga no Campeonato Mundial de 1900. No final do referido ano, viajou até o Japão e conquistou a medalha de prata da Copa do Mundo. A Itália manteve-se uma equipe de alto rendimento ao longo da década de 1990, triunfando em oito edições da Liga Mundial, três mundiais, três europeus e uma Copa do Mundo. Nos Jogos Olímpicos, no entanto, essa hegemonia foi superada pelos Países Baixos, responsáveis por eliminar os italianos da edição de 1992 e por derrotá-los na decisão de 1996. Após o momento vitorioso, a equipe começou a perder o domínio internacional. No entanto, continuou configurando em pódios olímpicos (duas pratas e um bronze) e europeus (dois ouros, duas pratas e um bronze).

History

Os primeiros anos

O voleibol surgiu nos Estados Unidos no fim do século XIX e se popularizou no continente europeu durante a Primeira Guerra Mundial. No território italiano, os primeiros jogos oficiais aconteceram em 1928 e o primeiro título foi concedido dois anos depois. Em 1946, foi fundada a FIPAV, entidade responsável por regulamentar a prática do esporte no país, que no ano seguinte se tornou um dos membros fundadores da FIVB.

Em 1948, a Itália foi sede da primeira edição do Campeonato Europeu, evento que rendeu a primeira medalha de sua história – um bronze. Nas décadas seguintes, a seleção conquistou medalhas em competições de segundo escalão, incluindo um ouro e duas pratas em Jogos do Mediterrâneo, e um ouro em Universíada.

Em Jogos Olímpicos, estreou no ano de 1976, quando ficou na penúltima posição do grupo e encerrou a participação sem vencer uma única partida. Dois anos depois, o país serviu como sede do Campeonato Mundial pelo qual conquistou o vice-campeonato, sendo derrotada para a União Soviética. No entanto, o revés não interferiu no reconhecimento do desempenho da seleção, registrado no documentário de Giulio Berruti intitulado il gabbiano d’argento, apelido usado para se referir ao elenco vice-campeão.

Na década de 1980, a Itália começou a aparecer em pódios dos principais campeonatos, incluindo a primeira medalha olímpica: um bronze em 1984. No entanto, o certame teve as ausências das nações do leste europeu, que fizeram um boicote à edição. Na mesma década, obteve uma sequência de três bronzes na Universíada e um título dos Jogos do Mediterrâneo.

1989–99: ápice vitorioso

Pódio do Campeonato Mundial de 1990.

O voleibol italiano começou a crescer significativamente em 1989, ano em que o argentino Julio Velasco assumiu o cargo de treinador da seleção. O primeiro desafio de Velasco foi o Campeonato Europeu, realizado na Suécia, onde os italianos venceram os anfitriões e conquistaram a primeira medalha de ouro no certame continental. No mesmo ano, surpreenderam norte-americanos e soviéticos na sexta edição da Copa do Mundo; contudo, a seleção não conseguiu superar Cuba e ficou na segunda colocação. O ano seguinte marcou o início do ápice mais vitorioso do país, denominado pela imprensa como a "geração de fenômenos". O alto rendimento resultou nos títulos da primeira edição da Liga Mundial de Voleibol e dos Jogos da Boa Vontade. Porém, a conquista histórica ocorreu em outubro, mês em que a Itália venceu o Campeonato Mundial sobre Cuba.

Após o título mundial, a Itália iniciou uma preparação de duas temporadas visando as Olimpíadas de Barcelona. Durante o período que antecedeu o evento, a seleção conquistou o bicampeonato consecutivo da Liga Mundial, o tricampeonato dos Jogos do Mediterrâneo e o vice-campeonato europeu. Esses resultados fez com que a Itália entrasse como a principal seleção dos Jogos Olímpicos de 1992 e o elenco chegou a ser comparado com o Dream Team. Apesar das expectativas, a seleção foi eliminada por Países Baixos em um jogo que ficou marcado por uma peculiaridade do regulamento, uma vez que ambas as equipes chegaram ao décimo sexto ponto empatadas e o regulamento previa que o desempate não ultrapassasse do décimo sétimo ponto. O revés foi superado com os títulos da Liga Mundial de 1992, do Europeu de 1993, e da Copa dos Campeões de 1993. Nesse período, a permanência de Velasco começou a ser questionada devido à uma proposta da seleção japonesa, mas o treinador permaneceu e deixou de convocar alguns dos principais jogadores, como Andrea Lucchetta e Fabio Vullo.

Os italianos ampliaram a hegemonia internacional nos dois anos seguintes, vencendo os cinco campeonatos que disputaram. O domínio da Azzurra ficou evidente no título da Copa do Mundo de 1995, quando triunfou sobre todos os adversários. No ano anterior, a seleção ganhou o bicampeonato mundial na Grécia, onde fez jogos exemplares contra Cuba, Países Baixos e Rússia. Também conquistou os títulos das edições de 1994 e 1995 da Liga Mundial e do Campeonato Europeu de 1995. Em 1996, os neerlandeses transformaram-se nos mais novos algozes dos italianos. Os Países Baixos venceram a Liga Mundial e a decisão olímpica, ambas por três sets a dois.

O brasileiro Bebeto de Freitas substituiu Velasco em 1997. Sob o comando do novo treinador, a seleção obteve um título da Liga Mundial e uma medalha de bronze no Campeonato Europeu. Contudo, a maior conquista foi o terceiro título mundial. Logo após o certame, Bebeto de Freitas deixou o cargo por discordâncias com a entidade. A década se encerrou com o treinador Andrea Anastasi, que venceu a Liga Mundial e o Campeonato Europeu.

2000–09: declínio internacional

Elenco italiano que disputou os Jogos Olímpicos de 2008.

A Itália iniciou o milênio vencendo a Liga Mundial; os italianos alcançaram o oitavo título nesta competição ao superar a Rússia. No entanto, a equipe não obteve o objetivo da temporada e foi novamente eliminada nos Jogos Olímpicos; contudo, recuperou-se da eliminação diante da Iugoslávia e conquistou a medalha de bronze contra a Argentina. Quatro anos depois, em Atenas, voltou a perder a decisão, desta vez para o Brasil e, consequentemente, conquistou a segunda medalha de prata de sua história. Já em 2008, terminou o torneio na quarta posição, perdendo a medalha de bronze para a Rússia. Por outro lado, a equipe nem sequer conseguiu um pódio nas duas edições disputadas do Campeonato Mundial. Na primeira, em 2002, classificou-se até as quartas de final quando foi eliminada pelo Brasil. Quatro anos depois, terminou sendo desqualificada na segunda fase, porém venceu os jogos de posicionamento e terminou a competição na quinta colocação.

Nas temporadas seguintes, protagonizou uma queda de desempenho na Liga Mundial. Apesar do bronze na edição de 2003 e dos vices em 2001 e 2004, a seleção italiana não alcançou o pódio em seis edições realizadas na década. Já em Campeonatos Europeus, a equipe amargou um vice campeonato diante da Iugoslávia em 2001, mas obteve os títulos das duas edições seguintes (2003 e 2005). Porém, a Itália obteve êxito em algumas competições, incluindo a conquista da prata na Copa do Mundo de 2003 e o bronze na Copa dos Campeões de 2005.

2010–19: decadência internacional

A década começou com a participação da Itália na Liga Mundial de 2010, a qual terminou na sexta posição. No mesmo ano, o país sediou a décima sétima edição do Campeonato Mundial, um feito que não ocorria por mais de três décadas. Na competição, liderou seus respectivos grupos nas três primeiras fases e obteve a classificação para a semifinal, o melhor desempenho desde o título de 1998. No entanto, o objetivo de alcançar a decisão foi interrompido após um revés diante do Brasil por 3–1, os italianos também perderam a medalha de bronze para os sérvios. O ano de 2011 marcou a chegada do treinador Mauro Berruto; com a missão de substituir Andrea Anastasi, ele havia sido nomeado em dezembro do ano anterior. A primeira prioridade foi alcançada em maio, quando conquistou a vaga nas Olimpíadas após vencer o torneio pré-olímpico em cima da Alemanha (3–2). Na Liga Mundial, acabou sendo eliminada depois de um revés para a Bulgária; contudo, em setembro, chegou até a decisão do europeu triunfando sobre Finlândia (3–1) e Polônia (3-0). A derrota para a Sérvia, no entanto, rendeu a medalha de prata. No final da referida temporada, a Itália foi à Tóquio e conquistou a quarta colocação da Copa do Mundo. Recuperou-se da eliminação precoce na Liga Mundial de 2012 ganhando a medalha olímpica de bronze sobre a Bulgária.

Atletas e membros da comissão técnica em junho de 2014.

A temporada seguinte foi a mais vitoriosa da seleção na década – com quatro medalhas, incluindo um ouro nos Jogos do Mediterrâneo, uma prata no europeu, e um bronze na Liga Mundial. No término do ano, convidada pela organização da competição, estreou na Copa dos Campeões com uma vitória sobre a Rússia, prosseguida por dois reveses. A Itália, no entanto, reabilitou-se vencendo o Japão, e mesmo terminando com uma vitória a menos do que o Irã assumiu o terceiro lugar com os pontos obtidos nas derrotas por tie-break. Pela segunda edição seguida, a equipe se tornou detentora do bronze da Liga Mundial; novamente eliminada na semifinal, a conquista foi obtida com uma vitória por 3–0 em cima do Irã. Essa foi a décima quinta medalha da seleção no histórico do torneio. O desempenho positivo não se repetiu no Campeonato Mundial, no qual quase não se classificou da primeira fase. Apesar da qualificação, iniciou a segunda fase virtualmente eliminada e chegou a acumular uma sequência de cinco derrotas consecutivas na competição. Em 2015, os bons resultados voltaram com as medalhas de prata da Copa do Mundo e bronze do europeu. Porém o ano marcou a saída de Mauro Berruto, que pediu a renúncia do cargo após afastar quatro atletas por motivos disciplinares durante a Liga Mundial. O assistente de Berruto, Gianlorenzo Blengini, assumiu o cargo e a equipe terminou aquela Liga Mundial na quinta posição.

Brasil e Itália disputam a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016.

Na edição seguinte deste torneio, alcançou a fase final, mas terminou na quarta posição devido as derrotas para Sérvia e França. A temporada foi coroada pela campanha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro; em agosto, a equipe triunfou sobre Brasil, Estados Unidos, França e México. Posteriormente, eliminou Irã e Estados Unidos até perder a decisão para o Brasil. Um ano depois do ciclo olímpico, a Itália acumulou uma série de resultados negativos, incluindo um desempenho ruim na Liga Mundial na qual terminou na última colocação. De acordo com o regulamento, a seleção estaria rebaixada para o segundo grupo; contudo, esses critérios não foram adotados por causa da extinção da competição. O contexto do voleibol masculino foi seriamente criticado, a escassez de pontuadores e as crônicas dificuldades na recepção foram uma das principais justificativas para o pior resultado nos 27 anos de existência da competição, assim como algumas críticas para o treinamento ineficiente de fundamentos. Além disso, um revés para a Bélgica nas quartas de final interrompeu a tentativa da equipe em alcançar o pódio do Campeonato Europeu. Apesar dos fracassos anteriores, conquistou a medalha de prata da Copa dos Campeões. Com apenas uma derrota, os italianos obteve os mesmos número de pontos do que o Brasil, campeão da edição, mas ficaram na segunda colocação pelos critérios de desempates.

Em 2018, a Liga Mundial foi substituída pela Liga das Nações, encerrando o torneio mais vitorioso da Itália na história do voleibol. Na primeira edição desta competição, a equipe não conseguiu bons resultados e foi eliminada na primeira fase; porém, na campanha, obteve triunfos sobre tradicionais adversários como Brasil, Bulgária, França e Sérvia. De acordo com a imprensa italiana, o despreparo, a ausência de treinamentos e o desgaste físico dos atletas causado pelo calendário nacional de clubes foram os principais motivos para a desqualificação da seleção. Já a equipe alternativa de Gianluca Graziosi manteve a tradição do país nos Jogos do Mediterrâneo; na ocasião, a sétima medalha de ouro da Itália foi conquistada após uma vitória sobre os anfitriões espanhóis. No entanto, o evento mais visado foi o Campeonato Mundial, sediado pelo país juntamente com a Bulgária. A Itália conquistou cinco vitórias em cinco rodadas, qualificando para a segunda fase e também encaminhou a passagem para a terceira, esta última foi alcançada após um revés diante da Rússia no tie break. O desempenho positivo acabou na terceira fase: com um revés para a Sérvia e uma vitória sobre a Polônia, a equipe contabilizou somente dois pontos e foi eliminada. Na temporada de 2019, a terminou na oitava posição da classificação geral da Liga das Nações. O revés diante da França, em Brasília, eliminou a equipe da competição. Entretanto, a desqualificação foi atribuída pela mídia nacional como consequência das derrotas para Argentina e Polônia na penúltima semana, sediada em Milão. Em julho, conquistou o ouro da Universíada de Verão; sob o comando de Graziosi, os italianos venceram os poloneses no tie break. Essa foi a segunda medalha de ouro conquistada pela seleção na história da competição, com quase cinco décadas separando os feitos. Dois meses depois, disputou a trigésima primeira edição do Campeonato Europeu e não apresentou dificuldades para se qualificar na primeira fase, terminando na segunda posição do grupo com quatro vitórias em cinco partidas. Os italianos conseguiram o triunfo sobre os búlgaros, que eram considerados o primeiro "teste" para a seleção. O único revés, por sua vez, ocorreu no último embate da classificatória, quando a França saiu vitoriosa. Nas oitavas de final, conquistou uma vitória tranquila sobre os turcos, porém um novo resultado negativo diante dos franceses decretou a eliminação da equipe. A seleção italiana encerrou a década na sétima colocação da Copa do Mundo, obtendo uma campanha de cinco vitórias e seis derrotas.

2020–presente

O início da década de 2020 ficou marcado pela pandemia de COVID-19, acontecimento que resultou no cancelamento da Liga das Nações e da Copa dos Campeões. Dessa forma, a seleção estreou somenta na edição de 2021 da Liga das Nações, que teve um novo formato, adaptado para atender aos protocolos de saúde necessários para evitar a disseminação do vírus. No certame, a Itália terminou na décima posição e ficou fora das semifinais. Poucos meses depois, disputou os Jogos Olímpicos e foi eliminada nas quartas de final após derrota para a Argentina.

O fim do ciclo olímpico gerou uma mudança na comissão técnica da seleção e Ferdinando De Giorgi assumiu o cargo de treinador. O primeiro compromisso de De Giorgi o Campeonato Europeu, vencido pelos italianos. No ano seguinte, mais precisamente em 11 de setembro de 2022, a seleção italiana conquistou o título mundial pela quarta vez em sua história, ganhando da atual bicampeã Polônia.